Assembleia Docente aprova calendário e regimento das eleições para a Asduerj biênio 2021/2023

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Por unanimidade, a assembleia docente realizada na quarta-feira, 9/6, aprovou o Calendário e o Regimento das eleições para a Diretoria e Conselho de Representantes da Asduerj, no biênio 2021-2023.

As inscrições de chapas ocorrerão entre os dias 14 de julho e 14 de agosto. Os interessados deverão, nesse período, mandar ficha preenchida e demais documentos para o e-mail secretaria@asduerj.org.br. A votação acontecerá entre os dias 13 e 19 de setembro. A posse da Diretoria e do Conselho de Representantes, biênio 2021/2023, está marcada para o dia 10 de outubro. 

Devido a pandemia da Covid-19 e a necessidade do distanciamento social, a eleição ocorrerá de forma telepresencial. O modelo será semelhante ao utilizado pelo Andes-SN, nas últimas eleições para o Sindicato Nacional, realizada em novembro de 2020, já durante a pandemia, portanto, com reconhecida legitimidade no processo.

Acesse a íntegra do Calendário e do Regimento Eleitoral, aprovado pela Assembleia Docente

12º Conad Extraordinário

Após a discussão do seu segundo ponto de pauta, a Assembleia docente aprovou a Comissão da Asduerj no 12º Conad Extraordinário do Sindicato Nacional. O evento acontece de forma virtual nos dias 2, 3 e 10 de julho. A Comissão será composta pelos diretores da Asduerj Dario Sousa e Silva (delegado) e Frederico Irias (suplente). A professora Daniele Brandt, Conselheira da Asduerj, participará como observadora.

O Conad tem o objetivo de dar continuidade à organização das lutas deliberadas pelo Congresso Nacional da categoria. O tema da 12ª Edição Extraordinária será “Em defesa da vida, da educação pública e dos serviços públicos: resistir é preciso!”. Saiba mais.

Retorno futuro seguro

As condições de retorno futuro seguro às atividades presenciais na universidade foi o terceiro e último ponto da pauta. A professora Daniele Brandt, que participa da Comissão de Estudos e Sistematização de Parâmetros de Segurança Sanitária da Asduerj, apresentou os eixos do documento que está sendo elaborado por esse coletivo com propostas a serem debatidas com a comunidade universitária.

Após o debate sobre este ponto, foram aprovadas, por unanimidade, as seguintes deliberações:

que a centralidade da proposta de documento será a briga por orçamento para a garantia das condições de biossegurança, educacionais, de assistência estudantil, de pesquisa e extensão;

que eventuais propostas de retorno presencial de atividades não adaptáveis ao modelo remoto (atividades práticas) sejam discutidas e regulamentadas em Plano de Convivência da Universidade em seu conjunto, e não individualmente pelas unidades acadêmicas.

que haja enfrentamento à pressão por retorno presencial sem condições de biossegurança e nas condições pandêmicas em altos patamares de contágio e óbitos;

que haja um posicionamento contrário ao ensino híbrido;

que haja um posicionamento contrário a retorno presencial unilateral.

Ao término da assembleia foi aprovada também a proposta de que a Asduerj continue e sua base se some, com mais força e fôlego, na luta contra o genocídio do povo negro, indígena e da comunidade Lgbt, como enfrentamento radical a política de ódio do governo federal, que se espraia para o governo estadual e seus apoiadores no âmbito da sociedade civil.

Kathlen Romeu presente!

A Diretoria da Asduerj apresentou no início da Assembleia, sendo aprovada sem manifestações contrárias, uma Moção de Repúdio ao assassinato da jovem Kathen Romeu, no dia 8 de junho, em uma operação da Polícia Militar na comunidade do Lins, zona norte do Rio de Janeiro.

Leia  a seguir:

Moção de repúdio

Nesta última terça-feira (08/06) uma operação da Polícia Militar na comunidade do Lins, zona norte do Rio de Janeiro, terminou em tragédia. 

A jovem Kathlen Romeu, de 24 anos, modelo que estava prestes a se tornar mãe, foi vítima de um disparo que, segundo moradores, ocorreu durante uma operação dos policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Lins. 

Após ser encontrada ferida, foi levada ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu.

Consternados por mais essa morte, os docentes da UERJ reunidos em assembleia, deliberam por repudiar ações deste porte, notadamente perante a expressa proibição do STF por parte da Polícia Militar durante a pandemia do vírus COVID-19. 

Entendemos que esse não é um fato isolado e que se configura uma política sistemática de extermínio da população preta e favelada.

Nesse sentido, reafirmamos a pergunta feita por Marielle Franco poucos dias antes de ser executada em um crime que ainda resta sem solução: Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?

 

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