No dia 18/12, estudantes da Uerj fizeram um protesto em defesa dos trabalhadores terceirizados da universidade. Eles denunciaram que a empresa contratante está mantendo os trabalhadores em um galpão insalubre, impedindo-os de usar os seus celulares, além da ausência de cadeiras, gerando desconforto para todos aqueles que estão obrigados a fazer a sua jornada no local.
Os trabalhadores terceirizados submetidos a uma troca de contrato entre empresas relatam que a empresa atual vem se negando a pagar os valores da rescisão de contrato e ameaçando não repassar o nome do funcionário para a nova empresa, caso entrem na justiça ou se neguem a ficar no referido galpão.
Ainda de acordo com os relatos dos terceirizados, atualmente, o pavilhão João Lyra Filho conta somente com a presença de vinte funcionários que estão tendo que dar conta do trabalho de mais de cem trabalhadores. Cabe destacar que apenas após o protesto dos estudantes, realizado esta semana, o 13° foi pago.
A terceirização é uma das faces mais cruéis da precarização do trabalho. A falta de estabilidade e a consequente alta rotatividade têm como efeitos os baixos salários e atrasos nos pagamentos. Além disso, é comum que as empresas operem burlando as leis trabalhistas, se negando a pagar verbas rescisórias e direitos garantidos, como o 13° e ⅓ salarial de férias. Essa precariedade não rima com a universidade que se propõe a ser uma das mais inclusivas e acolhedoras para os filhos e filhas da classe trabalhadora fluminense.
Já passou da hora da comunidade uerjiana encarar que esta forma de trabalho, que retira a dignidade do ser humano, não pode ser naturalizada em nossos espaços.
É fundamental que esses/as trabalhadores/as sejam mantidos pela nova empresa e recebam os seus direitos conforme determina a lei.