A Asduerj se reuniu na última quinta e sexta-feira, 23 e 24 de novembro, respectivamente, com as chapas 10 e 30, candidatas à Reitoria, no segundo turno das eleições gerais da Uerj, quadriênio 2024-2027.
Os encontros tiveram como principal objetivo buscar reafirmar o compromisso das candidaturas com a pauta de reivindicações de trabalhadores e estudantes da Uerj, divulgada em carta conjunta das entidades representativas, no dia 30 outubro, durante o debate organizado pela Asduerj, Sintuperj e DCE.
A Asduerj cobrou de ambas as candidaturas que a futura Reitoria cumpra as leis que regulamentam a carreira docente na Uerj, o que, absurdamente, não vem ocorrendo nos últimos anos. A diretoria da seção sindical destacou o direito à progressão automática dos docentes, garantido pela Lei 7423 de 2016, que não tem sido efetivado no tempo devido.
A Asduerj lembrou ainda da obrigatoriedade criada pela Superintendência de Gestão de Pessoas (SGP) de um plano de trabalho para a concessão da Dedicação Exclusiva, exigência que não consta em nenhum dos dispositivos que regem este Regime de Trabalho na Uerj, aprovados pela Alerj.
A diretoria cobrou também que a candidatura que vencer o pleito, ao assumir a Reitoria, encaminhe imediatamente ao Rioprevidência o processo que reconhece o direito à remuneração da Dedicação Exclusiva a docentes aposentados, de forma compulsória, antes de completar o tempo exigido pela universidade neste Regime de Trabalho, mas que participaram anteriormente do Prociência, programa que também exige dedicação exclusiva à universidade. O processo está parado na burocracia interna desde junho.
Em relação aos aposentados sem Prociência, a diretoria também reforçou a necessidade de ser encaminhada uma resolução ao Consun que modifique a Resolução nº 05/2019, para que assim seja garantido o direito desses docentes à revisão dos seus proventos.
Asduerj expõe preocupação com divulgação de “fake news” e violação de dados pessoais durante campanha
A Asduerj expôs, nos dois encontros, sua preocupação com a dinâmica empreendida nesta campanha eleitoral na universidade, quando se chegou a utilizar, de forma indiscriminada, dados pessoais de membros da comunidade acadêmica para realizar disparos de mensagens em massa, divulgação de “fake news”, entre outras ações inescrupulosas como calúnia, injúria e difamação. Neste ponto, a diretoria da Asduerj demonstrou muita preocupação com a violação de segurança da comunidade uerjiana e cobrou comprometimento das chapas para que isso não volte a acontecer na universidade, assim como exige que a reitoria atual dê respostas em relação à violação de dados pessoais de membros da comunidade acadêmica.
“Somos um movimento social, somos um sindicato, e temos o dever de prezar pela democracia na instituição, pelo diálogo fraterno, mas o que constatamos foi a incorporação da dinâmica neoliberal que, infelizmente, predominou nas últimas eleições no país”, reiterou nos encontros a presidente da Asduerj, Amanda Moreira.