A Asduerj iniciou no mês de setembro a primeira rodada de plenárias de base com diferentes segmentos da categoria docente e em diversos campi da universidade.
Aprovada na sua última assembleia, realizada no dia 12 do mês passado, as plenárias têm o objetivo de promover o encontro da direção da Asduerj com a sua base, levando informação qualificada sobre a pauta geral da categoria e ouvindo dela as suas demandas específicas, produzidas pela diversidade das suas condições de trabalho.
A primeira plenária aconteceu no dia 18 de setembro, na sede da Asduerj, com professoras e professores substitutos.
Parte que é, sem dúvida, a mais precarizada da nossa base, esses docentes fizeram um detalhado relato das suas condições de trabalho, que muitas vezes beira a desumanidade.
Atrasos frequentes de salários, ausência de benefícios, como auxílios-alimentação e transporte, falta de transparência sobre os depósitos do INSS e as remunerações de férias e do 13º salário foram algumas questões levantadas no encontro.
A Asduerj propôs a criação de uma Comissão para rever os contratos e lutar pela ampliação de direitos destes docentes.
No dia 5 de outubro, foi a vez dos docentes aposentados. Inúmeros destes colegas que, ao longo de sua vida funcional participaram ativamente da construção da Universidade, atenderam ao chamado da Asduerj, numa das plenárias mais concorridas dessa primeira etapa.
Dentre as várias questões debatidas, destacou-se o direito ao recebimento do valor da Dedicação Exclusiva no contracheque de docentes que, embora tenham aderido a este Regime de Trabalho, não o recebem nos proventos da aposentadoria.
A atenção à saúde, a importância de se garantir o direito de cidadania pelo voto para a Reitoria; o acesso ao bandejão e às bibliotecas, assim como aos portais e ao estacionamento da universidade foram outras demandas levantadas por estes docentes.
Foi discutida ainda a realização do Encontro Artístico Cultural de Docentes Aposentados durante o Festival de final de ano que será promovido pela Asduerj.
O Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, mais conhecido como CAp-Uerj, foi a primeira unidade visitada pela Asduerj nesta rodada inicial de plenárias.
Em uma longa conversa no auditório do Instituto, os docentes relataram uma série de situações que o CAp vem tentando superar ao longo dos anos, sem sucesso. Uma das mais relevantes ainda diz respeito as seu espaço físico.
Transferido recentemente para um novo prédio, o CAp ainda sofre com problemas em seu ambiente, com centenas de metros quadrados inutilizados por falhas estruturais e sem refrigeração adequada.
Uma das demandas específicas dos docentes da unidade é a falta de isonomia com os demais colegas da universidade, o que limita o desenvolvimento da produção científica dos professores do CAP.
No último dia 25, a Asduerj esteve na Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, em Duque de Caxias. A unidade que garante a presença da universidade em uma das áreas mais necessitadas de cuidados em nosso estado também sofre com inadequações na sua estrutura e ausência de condições básicas como o acesso à alimentação e ao atendimento à saúde da sua comunidade.
No dia seguinte, a Asduerj esteve na Faculdade de Formações de Professores em São Gonçalo, outro município com ausência de serviços públicos essenciais para a população. Não por acaso, os docentes da unidade enfrentam condições semelhantes às de seus colegas na Baixada.
As principais demandas da FFP referem-se a ausência de um restaurante universitário ou mesmo de uma cantina onde sua comunidade possa fazer suas refeições. A ausência de transporte no período noturno, o que concentra o maior de número de atividades e alunos matriculados, foi outro grave problema apontado. Situações que, segundo seus docentes, têm refletido no horário de funcionamento da unidade.
Está prevista para novembro uma segunda rodada de plenárias, desta vez no campus Maracanã, onde serão realizadas quatro plenárias, uma por centro setorial. Em dezembro ainda ocorrerão duas plenárias: uma que reunirá docentes recém-ingressos na universidade e que tiveram perdas de direitos devido ao novo Regime de Recuperação Fiscal no Estado e outra com professores e professoras da mais nova unidade da Uerj, a do polo da Zona Oeste, antiga Uezo.