A Asduerj, seção sindical do Andes-SN, órgão representativo dos docentes, reitera sua posição política de defesa dos direitos do corpo discente da Uerj.
Afirmamos em todas as nossas posturas o projeto de uma universidade pública inclusiva, plural, popular, antirracista, anti-sexista, antiLGBTQIA+fóbica, anti-capacitista e anti-etarista. E, para ser coerente em relação a esse projeto inclusivo, repudiamos todas as formas de violência, parta ela de quem partir.
A Uerj não pode admitir a linguagem da violência. Esta condição é fundamental para uma luta da Uerj contra o tratamento que a universidade vem sofrendo. Independentemente das posições defendidas, o direito à defesa da pluralidade de argumentos e a resolução política de conflitos é condição elementar para um ambiente de pluralidade e respeito mútuo.
Repudiamos toda forma de violência, ameaça, ataque, difamação em meios presenciais ou virtuais contra qualquer membro de nossa comunidade. Assim como lamentamos toda e qualquer forma de agressão verbal e física, como as ocorridas na última sessão do Conselho Universitário. Esses métodos representam a degradação da política, não apenas nos seus termos republicanos, mas também na política como forma de ação civilizadora e dialética.
Os agentes da antipolítica no cenário nacional devem saber que aqui, na Uerj, agimos de outra forma. Que mesmo com as mais agudas divergências, nós, professores, estudantes, técnicos e público que frequenta nossa universidade, nos respeitamos. Divergências de entendimentos, diferentes interpretações pessoais e políticas sempre existirão num ambiente democrático. No entanto, o que deve prevalecer sempre, nestes casos, é o respeito, o diálogo, o debate de ideias, sempre com vistas a proteger a função social da universidade pública.
Esta nota de repudio à violência não representa apoio à posições políticas específicas, mas ao direito de ter e defender posicionamentos divergentes em um ambiente livre da intolerância e da violência.
Nosso verdadeiro inimigo não é nenhum professor, aluno ou técnico. Este sindicato defende que o ambiente de convivência básica e plural seja a nossa força. Com isso defenderemos nossos direitos sem nenhum recuo.
Pela revogação do Aeda 38!
Pela unidade na luta por direitos e pelo repudio à violência!
Paz entre nós!
