A Asduerj e o Sintuperj participaram na última quinta-feira, 13/6, de uma reunião convocada pela Reitoria. No encontro foi discutido o cenário que se apresenta para a universidade a partir de conversas recentes da Administração Central com secretários do governo Cláudio Castro.
Segundo a Reitoria, os representantes governamentais se mostraram sensíveis às demandas da universidade, mas não se comprometeram com uma necessária suplementação orçamentária, alegando a dificuldade financeira por que passa o estado e a falta de perspectiva de crescimento da receita no próximo semestre.
Hoje, a Uerj precisaria de uma suplementação em torno de 330 milhões de reais, aponta a Reitoria. A universidade também demanda uma previsibilidade de repasse de recursos para tornar possível o planejamento do seu dia a dia.
“Não estamos no pior cenário. Temos o mínimo necessário para nos manter em funcionamento. Mas há um conjunto de despesas acumuladas, referentes a auxílios criados ainda no contexto da pandemia, que não está previsto no orçamento. O governo chegou a pagar esses auxílios no passado a partir de um contexto financeiro mais favorável. No entanto, para resolvermos isso hoje, precisaríamos do dobro do que consta para a Uerj na atual Lei Orçamentária”, descreveu a Reitora Gulnar Azevedo.
Outra dificuldade é a insistência do governo em cobrar o corte de 20% dos contratos. O que também está sendo cobrado de outros órgãos. A universidade não tem como fazer isso de forma linear, argumenta a Reitoria.
Suplementação orçamentária, previsibilidade de repasse e auxílios no contracheque

Para o diretor da Asduerj, Frederico Irias, é necessário criar uma saída para a universidade diante da austeridade imposta pelo Regime de Recuperação Fiscal. “Precisamos também ter uma previsibilidade mais exata de quanto a gente está gastando. Talvez seja a hora de estipularmos na Comissão de Planejamento do Conselho Universitário quais são de fato as prioridades da universidade”.
Após a avaliação do cenário, buscou-se na reunião a construção de uma pauta conjunta que unifique as ações das entidades e da Administração Central junto ao governo. “Temos muitas demandas específicas das categorias. Precisamos estabelecer entre nós algo palpável, de resolução imediata, que possibilite reivindicarmos em unidade”, argumentou a presidente da Asduerj, Amanda Moreira.
Além da suplementação orçamentária e de um modelo que garanta a previsibilidade de recursos mensais a serem disponibilizados para a Universidade, uma possível pauta comum reivindicaria também a inclusão dos auxílios educação e saúde no contracheque de servidoras e servidores da Uerj. Para todos os presentes, essa inclusão é a única forma de proteger os auxílios das limitações impostas pelo Regime de Recuperação Fiscal e garantir a regularidade dos pagamentos.
Foi acordada ainda a realização de reuniões periódicas para definir o encaminhamento da pauta.
#Paratodosverem: fotos que mostram ângulos e momentos diferentes da reunião. A primeira com doze pessoas sentadas em torno de uma mesa de vidro. Entre elas, uma é preta e, entre eles, um é preto. Na segunda foto, há dez destas pessoas. Fim da descrição.