A organização de um Ato público no dia 17 de março pela vacinação em massa, em especial daqueles e daquelas que permanecem na linha de frente de combate à Covid-19 – ação proposta pelas quatro entidades representativas da Uerj (APG-Uerj, Asduerj, DCE e Sintuperj) -, foi a principal pauta da primeira reunião da Comissão de Mobilização e Luta, que aconteceu na quarta-feira, 10/3, por videoconferência.
A criação da Comissão foi deliberada pela Assembleia Docente do dia 26 de fevereiro, com o objetivo de implementar as campanhas “Não tá normal!”, “Pela vacinação de todos e todas” e “Pelo retorno futuro às atividades presencias com condições de segurança sanitária para a comunidade universitária”.
A manifestação do dia 17/3 terá início às 10h, em frente ao Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), e será encerrada às 12h, no Campus Maracanã. A atividade seguirá todos os protocolos de segurança.
O objetivo é divulgar por meio de faixas e cartazes a urgência da vacinação em massa da população, além de denunciar que há trabalhadores, trabalhadoras e estudantes na linha de frente do combate à Covid-19, inclusive no Hupe, que não foram vacinados.
Após o ato no Hupe, faixas serão fixadas no Campus Maracanã, aproveitando a vacinação que acontece no horário, para alertar a população presente sobre essa importante e necessária luta. Pretende-se ainda dar visibilidade à manifestação nos meios de comunicação convencionais e nas redes sociais. Uma nota conjunta das quatro entidades também será divulgada no dia 17/3.
Campanha alertará para ameaças aos direitos
A reunião da Comissão de Mobilização e Lutas aconteceu simultaneamente à votação no Congresso da PEC Emergencial, que contém várias ameaças aos direitos de servidores e servidoras públicos.
Apesar de um acordo, conquistado pela pressão dos servidores, prever a retirada da proposta de congelamento das promoções e progressões, as ameaças contidas na PEC permanecem. O texto aprovado no primeiro turno mantém a proibição a reajustes e aumentos de salários, criação de cargos, contratação de pessoal, realização de concurso público, criação ou majoração de auxílios, e criação e aumento de despesa obrigatória para estados e municípios, caso haja elevação de gastos acima de 95% da receita.
A Comissão de Mobilização e Lutas discutiu a criação de uma campanha que alerte a categoria docente para essas ameaças, com a produção de material informativo sobre o tema, como cards, podcasts e vídeos. Foi debatida uma proposta de paralisação das atividades nos dias em que dispositivos que ameaçam direitos e o serviço público estejam pautados no Legislativo.
A articulação com outras categorias de servidores e movimentos sociais também foi discutida. A atuação da Asduerj junto ao Fórum Permanente dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Fosperj) foi destacada pelo diretor da Seção Sindical Frederico Irias. Ele mencionou ainda o calendário de lutas do Fonasefe, cuja adesão foi aprovada pela última assembleia docente.
Uma nova reunião, por videoconferência, da Comissão de Mobilização e Lutas foi agendada para o dia 19/3, às 15h. Professores e professoras que quiserem participar devem enviar mensagens para o e-mail asduerj@asduerj.org.br