III Congresso Mundial Contra o Neoliberalismo da Educação começa na Uerj com mais de 1.300 inscritos

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Ao som da Internacional Socialista foi instalado na tarde desta segunda-feira, 11/11, no Teatro Odylo Costa Filho, na Uerj, o III Congresso Mundial contra o Neoliberalismo na Educação. O evento, que contou com a inscrição de cerca de 1.300 pessoas, entre ativistas sociais, estudantes trabalhadoras e trabalhadores da educação de dezenas de países, discutirá até o próximo domingo, 17/11, a resistência aos projetos de mercantilização da educação em âmbito internacional.

A mesa de instalação, mediada pela professora Raquel Dias, 1ª Vice-presidenta do Andes-SN, foi composta por representantes das entidades organizadoras do Congresso. Representando o Andes-SN, a professora Jennifer Webb, 1ª Tesoureira do Sindicato Nacional, fez a sua saudação aos presentes lembrando a importância de debater o tema neste momento.

“Esse evento é fundamental não só para a categoria docente, mas, sobretudo, para a organização de todos os que defendem a educação pública. A participação do Andes-SN foi uma deliberação da nossa base, que conta com cerca de 70 mil filiados. Estamos aqui não só como direção, mas contamos com a presença de representantes de diversas seções sindicais que compõem o Andes-SN. Isso demonstra a convicção de colocar o nosso sindicato a serviço desta luta com técnicos, estudantes e todos aqueles que seguem no caminho da resistência”, afirmou Webb.


A presidente da Asduerj, Amanda Moreira, falou da alegria de o Congresso ter como sede a Uerj. Somos uma universidade popular. Temos um perfil composto por filhos e filhas da classe trabalhadora. Este ano, passamos por muitos desafios, advindos do subfinanciamento da nossa universidade, e contamos com a importante luta dos estudantes para garantir a sua permanência. Precisamos, de fato, nos organizarmos, enquanto trabalhadores e estudantes, para enfrentar essa lógica neoliberal tão perversa. Construir essa contra-hegemonia é uma tarefa que está posta para todos nós que estamos aqui hoje”, concluiu.

Para a coordenadora do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica), Laryssa Braga, o III Congresso já é um marco histórico da luta pela educação pública. “O encontro é um ato de resistência e mostra que nos manteremos unidos contra o avanço da extrema direita no mundo. Prevemos tempos ainda mais difíceis do que agora, especialmente para a educação pública no Brasil, com nosso orçamento cortado para servir o capital e a lógica neoliberal. A educação não resolve todos os problemas sociais mas é fundamental para a construção destas resoluções”, sintetizou.

Também participaram da mesa, o servidor Francisco de Assis dos Santos, representando a Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), a servidora Vanderlea Aguiar, representado o Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro), as estudantes Brenda Amorim, do DCE/UFF (Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal Fluminense), e Thaís Raquel, representando a UNE (União Nacional dos Estudantes), além o professor Luis Bonilla-Molina, do Centro Internacional de Investigações Outras Vozes na Educação.

Veja a programação completa do III Congresso Mundial Contra o Neoliberalismo na Educação.

O evento está sendo transmitido ao vivo pelo Canal do Andes-SN no youtube.

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