A Asduerj disponibiliza nesta quinta-feira, 25/2, em sua página na Internet e redes sociais um relatório com os resultados da pesquisa “Trabalho docente na Uerj em tempos de pandemia”. Idealizada pela diretoria da entidade, a pesquisa abrangeu professores/as de todos os centros setoriais da universidade, por meio de um questionário on-line autoaplicado, disponibilizado na plataforma Google Forms, no período de 26 de novembro a 14 de dezembro de 2020.
A sobrecarga de trabalho docente na Uerj durante a quarentena foi um dos dados constatados pela pesquisa. Para mais de 70% das/dos respondentes, constituídas/os por uma amostra de 553 em um universo total de 2.862 docentes (conforme dados da SGP/Uerj), houve um considerável aumento da carga horária de trabalho após a pandemia da Covid-19. A média diária ficou entre 9 e 12 horas, segundo 44, 7%, chegando a mais de 12 horas para 14% dos/das docentes participantes.
A frequência de trabalho nos finais de semana também aumentou para a maioria. Ao responderem sobre a frequência de suas atividades docentes aos sábados e domingos, 33,5% responderam que “sempre” trabalham nestes dias, 36,9% responderam que trabalham “frequentemente” e 20,5% “algumas vezes”. Para apenas 6,2%, a resposta foi “raramente” e só 2,9% responderam que “nunca” trabalham nos finais de semana.
Apesar da constatação deste aumento de carga horária, problemas já conhecidos como as cobranças excessivas por produtividade se mantiveram e se aprofundaram no contexto da pandemia, segundo a pesquisa. Perguntados sobre com que frequência têm a impressão de que o tempo não é suficiente para cumprir todas as demandas cotidianas do exercício docente, 42,4% responderam ter essa impressão “sempre”; 31,3%, “frequentemente” e 16,2%, “algumas vezes”. Apenas 6,9%, responderam “raramente” e 3,3%, “nunca”.
Além do tempo de trabalho que dedicaram às suas funções docentes durante a pandemia, a pesquisa buscou conhecer os efeitos dessas atividades sobre as condições de saúde de professores e professoras da Uerj e a quais tipos de demandas e exigências passaram a estar submetidos/das em seu cotidiano profissional. O objetivo, segundo os realizadores, é auxiliar a “reflexão sobre as possibilidades de enfrentamento da situação atual e do futuro retorno às atividades presenciais, desnaturalizando práticas que demonstram não serem as mais indicadas para uma boa relação de trabalho e melhores condições de ensino”.
A pesquisa foi coordenada pela diretora da Asduerj e professora do CAp/Uerj, Amanda Moreira da Silva. A sistematização dos resultados foi produzida por uma comissão composta pela coordenadora, pelo também diretor da Asduerj Dário Sousa e Silva (ICS/Uerj) e pelas professoras Deise Mancebo (PPFH e IP/Uerj) e Fátima Sueli Ribeiro (NUT/Uerj). Todo o trabalho contou com o suporte técnico e administrativo do quadro permanente de funcionários da Asduerj.
Para acessar o relatório técnico da pesquisa clique no link abaixo: