Calor insuportável: Professores do CAp alertam para falta de condições básicas de trabalho

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As altas temperaturas registradas no verão têm sido motivo de dor-de-cabeça para muitos cariocas. Com picos registrados de até 58ºC de sensação térmica o uso do ar-condicionado não passa a ser um luxo, e sim uma necessidade para o trabalhador. E nesse mês de Janeiro os docentes do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues Silveira (CAp-Uerj) têm se queixado das condições “insalubres” pelo calor do novo prédio, na Rua Barão de Itapagibe, Rio Comprido.

Prestes a completar um ano desde a transferência para a nova sede, o edifício segue longe do ideal. Docentes do CAp ressaltam que a mudança para a sede nova foi sem as condições estruturais mínimas. “Está sendo uma luta muito grande para termos o mínimo de condições de trabalho, e não temos essas condições hoje”, nos contou a professora Barbara Araújo, membro do Conselho de Representantes da Asduerj.

Segundo a docente, em fevereiro de 2022 mal havia ventiladores nas salas de aulas. Cenário diferente do atual, com parte instalações realizadas, porém muito longe da normalidade. A parte elétrica ainda carece de finalizações junto a Light, e todo corpo docente e discente sofre durante esse imbróglio de licitações e necessidade de uma subestação de energia. O recesso de fim de ano foi inclusive antecipado, com a promessa de que o retorno no dia 2 de Janeiro já seria com ares-condicionados em pleno funcionamento: “Chegamos pra dar aula 2 de janeiro no forno sem nenhum aviso prévio”.

Como os ventiladores ficam virados para os estudantes, os professores sofrem mais com o calor e com a falta de circulação de ar. “O fato é que estamos trabalhando em condições totalmente insalubres”, define Barbara, que crê que os docentes deveriam estar recebendo adicional de insalubridade durante esse período. “As condições são desumanas”.

Além do calor existem outras questões que atrapalham as condições de trabalho, como os aparelho de datashow, que no antigo prédio do CAp estavam instalados em todas salas – ao contrário de hoje, quando existem mais dificuldades para utilizar os mesmos. “Não é razoável estar em sala de aula com 30 crianças ou adolescentes numa sensação de forno (e o ventilador atual como uma ventoinha de calor), sem equipamento adequado, carregando datashow que não funciona, sem apoio pedagógico adequado, porque há falta de pessoal… Está desesperador”, conclui.

A Asduerj considera fundamental que a Administração Central defina um prazo para criar condições para o funcionamento dos aparelhos de ar-condicionado. Na verdade o imprescindível é que a comunidade uerjiana possa saber quando será realizada a licitação e implementada a subestação de energia.

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