A relação do professor João Bosco de Salles com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro é antiga, remete à sua graduação em Ciências Biológicas, nesta instituição, em 1997. Também na Uerj concluiu seu mestrado e seu doutorado, ambos em Biociências Nucleares. Agora, após o vitorioso movimento pela incorporação da Uezo à Uerj, do qual participou de forma intensa como presidente da Aduezo, retorna à instituição que o formou, dessa vez como professor. Na última semana, um dos seus primeiros atos como servidor da Universidade foi filiar-se à Asduerj.
– Falei que me associaria assim que saísse o meu primeiro pagamento como Uerj e já o fiz. Fiz a inscrição, enviei por e-mail (à secretaria da Asduerj) e no mesmo dia a encaminhei para todos os docentes (egressos da recém incorporada Uezo). Faço isso porque entendo como cidadão que é importantíssima a Associação Docente, como todas as outras representações sindicais que temos, para garantir a nossa qualidade de vida no trabalho e também melhorias financeiras. Apoio a Asduerj desde antes e procuro motivar os colegas a fazer o mesmo, declarou em conversa por teleconferência (veja no vídeo a seguir).
Fundador e primeiro presidente da Associação de Docentes da Uezo (Aduezo), no ano de 2009, o professor João Bosco também foi vice-reitor do Centro Universitário da Zona Oeste (Uezo), entre os anos de 2013 e 2017. Em julho do ano passado, reassumiu a presidência da Aduezo com a campanha pela incorporação à Uerj como principal bandeira de luta.
“Assembleia docente foi primeiro passo no processo de incorporação”
– Em 2021, estávamos na seguinte situação no Centro Universitário da Zona Oeste: professores sem plano de carreira, sem dedicação exclusiva, com uma defasagem salarial de mais de 60%, com valores de auxílios congelados desde 2010 e sem insalubridade e/ou periculosidade. Era uma situação extremamente difícil dentro de um regime de recuperação fiscal que dificulta qualquer tipo de ganho. Essa conjuntura levou-nos a lutar para sermos incorporados pela Uerj, que tem uma infraestrutura mais adequada, obtida por conquistas históricas na carreira.
Na conversa com a comunicação da Asduerj, Bosco destacou a importância do movimento sindical para a conquista da incorporação. Para o docente, é fundamental registrar que o processo de incorporação “que já está beneficiando todos os servidores, beneficiará alunos e muitos da comunidade de Campo Grande e da Zona Oeste teve seu pontapé inicial numa assembleia docente”.
– Foi no início de agosto do ano passado. Fizemos a nossa maior assembleia, com a participação de cerca de 60% ou mais de docentes da Uezo. A pauta era o processo de incorporação, que foi aprovado por unanimidade. O corpo técnico, por meio de uma assembleia do Sintuperj, também aprovou o procedimento de incorporação. O mesmo ocorreu no nosso Conselho Universitário. A representação discente demorou um pouco para compreender a proposta, mas num segundo momento também aprovou a incorporação com 76% dos votos. A partir daí, começamos uma vitoriosa mobilização política com a fundamental participação das reitorias das duas instituições e do Consun da Uerj, destaca Bosco.

#Paratodosverem: A primeira imagem é um print da Assembleia de dissolução da Aduezo, presidida pelo professor João Bosco e realizada de forma remota. Na imagem, além do professor João Bosco, aparecem o presidente da Asduerj, professor Guilherme Leite e a diretoria do Andes – Regional Rio, Rosineide de Freitas. No vídeo, o professor João Bosco está na sua sala de trabalho junto a uma colega, entre armários e outros utensílios. Fim da descrição.