Ato Unificado cobra pagamento da 2ª parcela da Recomposição Salarial acordada em 2021

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A Asduerj participou junto a outras dezenas de entidades do funcionalismo estadual de um ato público no Palácio Guanabara na terça-feira, 18/4.

Os manifestantes cobraram o pagamento da segunda parcela da recomposição salarial acordada em 2021, calculada em 6,5%. Reivindicaram também a instalação de uma mesa de negociação permanente com o governo do estado sobre reajuste salarial. O ato foi organizado pelo Fórum Permanente de Servidores Públicos do Estado (Fosperj) em unidade com sindicatos e associações de servidores da segurança pública.

Durante o ato, foi protocolado um ofício ao governador, lembrando que o Estado está inadimplente com os servidores do Poder Executivo, desde o final do segundo bimestre, prazo final para o pagamento. O documento destaca ainda que os poderes legislativo e judiciário já pagaram a segunda parcela aos seus servidores desde janeiro.

Casa Civil promete agendar reunião para discutir o tema

Os servidores foram recebidos por um representante da Secretaria de Estado da Casa Civil, que prometeu agendar uma reunião do grupo com o governo nos próximos dias. O governador Cláudio Castro, e o secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione, assim como o vice-governador Thiago Pampolha e o subsecretário da Casa Civil, Adilson Farias, estavam ausentes, cumprindo agenda fora do estado.

Segundo o Fosperj, há sinais de que o governo deu o assunto como encerrado, sem maiores explicações. Desde o final do ano passado, não se viu nenhum representante do governo no Executivo ou no Legislativo tratar do tema, o que tem gerado indignação dos servidores.

– “A pauta foi um acordo assinado a muitas mãos, e agora que precisa explicar porque o acordo não está sendo cumprido para os servidores do Executivo, não aparece nenhum representante do governo. Assim como vem ocorrendo no âmbito do funcionalismo federal, precisamos de uma mesa de negociação permanente no estado do Rio de Janeiro. Não é democrático fugir do diálogo com as categorias” , afirmou Roberto Carlos, um dos coordenadores do Fosperj.

Em nota assinada por todas as entidades presentes, o Fosperj e as representações da segurança pública afirmam que intensificarão as cobranças caso o Governo não abra um canal de diálogo com o funcionalismo organizado. “A unidade de ação com os sindicatos da segurança pública deu novo gás à campanha”, afirma o texto.

O Fórum têm procurado ainda representantes do estado no Congresso Nacional e no governo Federal para mediar as negociações. O Regime de Recuperação Fiscal firmado com a união no fim do ano passado tem servido de argumento para o descumprimento do acordo da recomposição. Estão previstos ainda atos e paralisações, como os realizados recentemente por servidores e servidoras da Educação e da Enfermagem no estado.

Campanha salarial 2023 foi pauta da última Assembleia Docente

A intensificação da mobilização pelo pagamento das duas parcelas restantes da recomposição aprovada em 2021, junto ao Fosperj foi uma das deliberações da última assembleia docente, realizada no dia 12/4. A assembleia aprovou também a necessidade de se recolocar em pauta a defasagem salarial histórica das trabalhadoras e trabalhadores da Uerj.


Uma nova assembleia será marcada em breve para discutir e definir um índice de recomposição salarial a ser encaminhado ao Conselho Universitário com a indicação de compor a Proposta Orçamentária da Uerj para 2024.

Paratodosverem: foto colorida com um grupo de cerca de 30 homens e mulheres alinhados em frente as escadarias de um prédio amarelo (Palácio Guanabara). Eles e elas seguram faixas dos sindicatos e entidades representativas de suas categorias: Fosperj, Assemperj/Sindsemp, Assefaerj e Asfia, são as que se pode distinguir na imagem, entre outras. Fim da descrição.

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